Imagine um mundo em que os livros são proibidos e a punição é ter sua casa incendiada por bombeiros. Esse é o cenário de Fahrenheit 451.
Publicado em 1953, este livro ainda tem várias reflexões que são atemporais e servem especialmente para os dias de hoje. O protagonista, Guy Montag, é um bombeiro que a um certo momento começa a se questionar sobre sua função de incendiar casas onde há livros. Isso é causado principalmente após conhecer sua vizinha, uma menininha chamada Clarisse que fica fazendo perguntas que causam uma sensação de incômodo no bombeiro.
Um dia, ele vai incendiar uma casa e se impressiona com a senhora que prefere morrer com seus livros. A partir de então, ele começa a se questionar mais ainda sobre o que está acontecendo no mundo e a partir daqui não vou dar mais spoilers.
A parte que mais gostei do livro foi o fato de Montag começar a pensar no que estava fazendo em vez de só cumprir ordens ou viver de acordo com o que era imposto pela sociedade. Até quando pensa em mudar de lado, ele diz que, se for só para seguir ordens do outro lado, não adianta nada. É a escolha pela liberdade. Isso me fez refletir até que ponto sou realmente livre ou estou só fazendo o que a sociedade me impõe ou o que está na moda. Se realmente estou vivendo a minha vida de acordo com o que acredito ou se estou seguindo o mesmo caminho da minha bolha. Num mundo atual tão polarizado, é fácil ser levado a somente contrariar o outro lado, sem prestar atenção na informação em si e só considerar as opiniões alheias.
Fahrenheit é mais uma boa distopia que li esse ano e indico para você. Pode ser comprado aqui.
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