Olá!
Hoje acordei 6h30 para acompanhar o Círio. Na verdade, começava 5h30 com a missa na catedral, mas fiquei com preguiça de acordar tão cedo. Tomamos café e saí com a Rosana.
Fomos até o local de onde acompanharíamos o Círio: na avenida Nazaré, onde o Erick, marido da Juliana, trabalha. Encontramos a Renata e a Shirley, mas o escritório ainda estava fechado, então, ficamos esperando na calçada mesmo. Estavam passando os barquinhos que simbolizam coisas… tinham uns com crianças vestidas de anjinho e outros com partes do corpo feitas de cera. E o tempo todo ficam passando pessoas de joelho, cumprindo promessas. Elas vão de joelhos, engatinhando e algumas têm até uma madeira para usar de bengalas… junto com elas vão pessoas colocando papelões pelo caminho e outras dando água e apoio moral.
Chegou a moça que tinha a chave do escritório e entramos. Serviram salgados e bebidas e nos esprememos nas duas janelas da casa. Depois de um tempo, começou a passar a corda com as estações. É algo maluco. As pessoas vão espremidas debaixo do sol e acho que só muita fé faz com que as pessoas façam isso, provavelmente eu não aguentaria. É impressionante. De cima, dá para ver tudo: a galera na corda, o movimento que fazem: para frente, para trás, param, fazem curvas… tem as pessoas que ficam empurrando para não deixar as outras caírem nas valas e para manter a corda no meio da rua e tem as pessoas que ficam distribuindo água. É gente que não acaba mais. E por mais que eu tente explicar aqui como é, você só vai entender mesmo e sentir a emoção se vier para Belém e acompanhar tudo ao vivo com seus próprios olhos.
Daí, depois de 5 estações, passa a imagem peregrina. É um momento bem legal. Ela é tão pequena… deu uma parada bem na nossa frente e pudemos ficar olhando e tirar fotos. Depois que ela passou, já podíamos ir embora, mas continuou passando um mar de gente e esperamos um tempão antes de sair.
Voltamos para casa e o domingo do círio é como o Natal. As famílias se reúnem, ninguém pode almoçar sozinho e tem comida que não acaba mais. São pratos típicos paraenses: maniçoba e pato no tucupi, com direito a farofa, é claro. De sobremesa, comemos uma torta de cupuaçu que vai entrar na minha lista de melhores doces do sabático (aliás, não preparei essa lista… acho que eu deveria, né?). Era uma torta com a massa crocante, creme, geleia de cupuaçu e queijo.
Depois de toda essa emoção e comilança, foi hora de tirar uma soneca. Deu até uma chuvinha para ajudar mais no sono.
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