Esta é a minha segunda tentativa de escrever um post antes de dar um ano desde o último. Da primeira vez, comecei a escrever sobre a minha última viagem. Apaguei tudo e vou recomeçar num estilo livre, sem pensar muito sobre o que vou escrever.
Para não falar tanto da bagunça que anda a minha vida (sim, ainda), vou retomar o tema viagem. Fazia tempo que eu não tirava um mês seguido de férias, 30 dias direto. Também fazia muito tempo que eu não viajava para fora do país, meu passaporte, que renovei em 2018 estava sem nenhum carimbo. Então, aproveitei que tinha 30 dias e que a minha irmã ia voltar para a Nova Zelândia e fui com ela.
Mas 30 dias não são o suficiente, emendei com o feriado de Corpus Christi, logo, 34 dias. Antes de comprar as passagens, vi que minhas férias acabavam dia 02 de julho, mas dia 09 tinha um feriado em São Paulo que caía em uma terça-feira e minha empresa emenda feriado. Não só isso, eu também trabalho remoto, então, levei meu notebook do trabalho, emendei mais esse feriado e fiquei fora por 40 dias. Parece muito, mas passou tão, tão rápido!
Trabalhei até quarta e quinta já fui para o aeroporto. Nosso voo foi São Paulo -> Santiago, Santiago -> Auckland. O voo São Paulo -> Santiago é horrível. Sério, pior que os voos nacionais. Não tinha nem tevê e por isso eles liberaram um wifi que dava para usar inclusive o whatsapp, a única parte boa do voo. Como compramos as passagens separadas e não pagamos pelo assento, eu e minha irmã fomos separadas. O voo estava lotado.
Chegando em Santiago, conseguimos trocar os assentos para o voo seguinte, que não estava lotado, então fomos em uma fileira só pra gente, o que foi ótimo e tornou a viagem bem mais agradável. O que não foi agradável foi o rolê aeroporto. Eu amo andar de avião, a sensação de decolar e pousar, mas odeio o rolê aeroporto. Em Santiago, foi particularmente ruim: passar pelo raio-x, ter que comprar água porque não tem bebedouro, no túnel pra entrar no avião tinha mais uma revista de bagagem e jogaram fora a água que a gente tinha comprado no aeroporto. Enfim…
Chegamos em Auckland às 5h. Foi tranquilo, não tinha muita fila para entrar. Passamos em casa, conhecemos a nova casa da minha irmã, tomamos banho e não dormimos pra ver se nos acostumávamos logo ao fuso de 15 horas. Fomos ao shopping, andamos, almoçamos e daí tivemos que voltar pra casa pra dormir um pouco.
Auckland é a maior cidade da Nova Zelândia, fica na ilha norte. As estações deles são como as nossas no Brasil, então, em junho estava frio (mais frio que aqui, inclusive). Tem vulcões inativos, museus, comida asiática, tortas neozelandesas, shoppings, uma sky tower, estúdios de cinema para visitar, estádio de rugby, pubs, praia, parques, ônibus de dois andares, sorvetes deliciosos, chás e tudo fecha cedo. Passei bastante tempo em Auckland e conheci muita coisa. Também descansei bastante, afinal, estava de férias.
Relativamente perto de Auckland, fica Hobbiton, o cenário onde gravaram O Senhor dos Anéis e O Hobbit. Na verdade, gravaram O Senhor dos Anéis, desmontaram o set, remontaram para gravar O Hobbit e deixaram lá para ser visitado. Eu e a minha irmã fizemos um passeio de um dia saindo e voltando a Auckland, mas antes de chegar a Hobbiton, fomos ao Waitomo Caves, as cavernas com as minhocas que brilham. Foi bem legal e um dos passeios mais legais da viagem. Hobbiton é incrível e, se um dia eu voltar, quero fazer a experiência do Segundo Café da Manhã ou do Jantar.
Na segunda metade da viagem, eu e a minha irmã fomos fazer um tour pelo país, literalmente. A Nova Zelândia é pequena, principalmente se comparada ao Brasil, então acho que percorri mais ou menos 70%. Fomos para a Ilha Sul, começando por Queenstown. Lá, sim, é muito frio. E muito bonito!! A temporada de Esqui tinha acabado de começar, mas não fizemos. Andamos pela cidade, fizemos o passeio de um dia para Milford Sound, um dos lugares mais bonitos que conheci, e pegamos o carro para continuar nossa viagem. A paisagem é linda e lá eles dirigem do lado errado, como os ingleses.
Paramos em uma cidadezinha chamada Arrowtown e fomos até Twizel, onde nos hospedamos para poder visitar Mount Cook. Twizel era muito, muito pequena, a gente andou pelo centro em 10 minutos, comemos bem e passamos frio. No dia seguinte fomos até Mount Cook e fizemos a menor trilha que tinha, tiramos fotos muito bonitas e voltamos para visitar um lugar que cria e vende salmão. No dia seguinte, acordamos num frio, o carro com uma camadinha de gelo. Tivemos que jogar água. Uma neblina que não dava para enxergar nada, mesmo assim, partimos para Christchurch.
Paramos em algumas cidadezinhas no caminho, comemos uma torta em Fairlie (recomendo muito) e paramos numa fábrica de geleias e molhos em Geraldine. Christchurch é uma cidade maior, que foi destruída por um terremoto há alguns anos. Demos o azar de pegar chuva praticamente todos os dias, mas conseguimos aproveitar um pouco da cidade. Tem o Centro da Antártida que é bem legal. Também encontramos os amigos da minha irmã e do meu cunhado, ficamos hospedados na casa deles e saímos com uma turma, afinal a viagem é muito sobre as pessoas que encontramos.
De lá, fomos para a capital Wellington. O aeroporto é bem instagramável. Tudo fecha cedo, procuramos um lugar para jantar às 20h30 e já não tinham tantas opções assim. Gastamos um dia inteiro no museu Te Papa, que vale totalmente a visita, andamos de cable car e comprei chás em uma loja chamada T leaf. Em Wellington alugamos outro carro e fomos para uma cidadezinha chamada Fielding para visitar/conhecer o pai do meu cunhado Cameron. Comemos muito, demos uma voltinha pelas redondezas, aproveitamos o frio para ficar na jacuzzi, um programa bem leve, de família. Depois foi a vez de visitar/conhecer a mãe dele, na região de Hawkes Bay. Teve cordeiro, feira, mel, macieiras… Bem família também. Foi uma parte bem especial da viagem.
Cameron voltou para Auckland, afinal, alguém tinha que trabalhar. Eu e a Pá fomos para Taupo. Passamos apenas um dia e choveu, mas deu para aproveitar um pouco. E o principal eram as piscinas quentes naturais, então a chuva atrapalhou pouco. Nossa última cidade foi Rotorua. Lá, visitamos uma vila maori, o povo originário da Nova Zelândia. Também passeamos pela cidade que tem cheiro de enxofre e jogamos minigolf.
Finalmente voltamos para Auckland e trabalhei de madrugada, mas aproveitei mais alguns dias antes de voltar para o Brasil. Foi incrível e já quero viajar de novo.
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