Ah, Ouro Preto…

Tudo começou assim:

Tati: pessoal, vamos passar o Ano Novo em Floripa?

Amigos: sim, vamos ver…

Começamos a pesquisar e vimos que estava bem caro passar a virada em Floripa, então, fui no Google e digitei: reveillon barato Brasil. Um dos lugares que saiu foi Ouro Preto, daí foi o escolhido porque o Lee e a Ale já iam estar em Minas e achei uma passagem com um bom preço para BH. Daí achamos uma pousada e tudo certo. Um dia, a Ale e o Lee me falam que a Ana e o Gabriel (meus ex-vizinhos de prédio) também compraram passagem. Daí cancelei a reserva feita pelo Booking, procuramos outros lugares e a pousada que tinha reservado me mandou uma proposta para cinco pessoas. Era boa e tudo resolvido \o/

A viagem foi ótima, acho que era a sintonia entre nós (gente, já vamos começar a pesquisar um lugar legal para a virada deste ano \o/). Estávamos todos de acordo em comer muita comida mineira, somos cinco pessoas que gostamos muito de café, estávamos de boa e fizemos várias coisas, desde passeios históricos, até minas, desde igrejas e museus, até cachoeiras, desde ver séries (cada um no seu celular) até jogar baralho, desde beber cerveja e cachaça, até dormir. E foi tudo divertido.

Ouro Preto tem muitas ladeiras. A dificuldade não é apenas subir e descer (subir cansa mais, porém descer requer mais esforço nas coxas), também é preciso se equilibrar para não escorregar, principalmente quando chovia. Eu quase caí várias vezes, mas consegui não cair nenhuma (até na cachoeira). É uma cidade pequena e dá pra fazer quase tudo a pé ou contratar um tour. Algumas igrejas são mais longe, dá pra ir a pé, mas precisa enfrentar as ladeiras. A cachoeira tem que ir de carro, porque fica longe.

A parte histórica é legal, mas todas as igrejas têm entrada paga para visita (entre R$3,00 e R$10,00, estudante paga meia). Acho que pesquisando dá para conhecê-las sem guia. A igreja do Carmo tem um papel explicando sua história, o que é bem legal e acho que todas as igrejas deveriam fazer.

Também fomos para Mariana de trem, o que é um passeio interessante. O trajeto dura uma hora porque o trem vai bem devagar (média de 20 km/h) e tem umas vistas bem bonitas. Contratamos uma agência que nos pegou no hotel, deixou na estação de trem e nos esperou em Mariana. Lá visitamos mais igrejas (a de São Pedro foi a nossa preferida, ela está inacabada, o que significa que não tem ouro. Isso lhe dá um ar mais minimalista e dá pra ver mais os detalhes na madeira. Além disso, dá para subir em uma das torres (são 73 degraus, é tranquilo de subir) e ver a cidade, uma vista bonita). Depois fomos ao pelourinho e outras igrejas, passamos na frente da catedral e fomos almoçar. O restaurante chamava Lua Cheia e não era tão bom. Deu uma chuvona e ficamos bastante no restaurante. Então, seguimos para a Mina da Passagem que atualmente só funciona para turismo. É legalzinha, mas preferi a de Ouro Preto. Paga R$ 63,00 para entrar, estudantes e grupos pagam R$ 40,00. Tem um carrinho que leva as pessoas 120m para baixo e lá vemos a mina e um lago. Nessa mina tinha outro em pó, então precisavam explodir e em uma tonelada de pedra encontravam, no auge, 32g de ouro. Agora tem 4g por tonelada e o negócio se tornou inviável.

A Mina du Veloso fica em Ouro Preto (custa R$ 25,00 e estudantes pagam R$ 15,00 e aceita cartão de débito). É uma mina em que escravos trabalhavam, então fazemos todo o percurso a pé e usamos capacete porque tem umas partes bem baixas (inclusive, se você tiver problema de coluna, não recomendo muito o passeio). O guia era muito bom e ia explicando coisas sobre a mina e sobre os escravos (tipo que eles já sabiam minerar na África e por isso foram trazidos para o Brasil). Também explicou de onde vieram algumas expressões que usamos (tipo de cabo a rabo).

Em um dos dias que não choveu, fomos para a Cachoeira das Andorinhas. Lá tem várias cachoeiras e fomos em duas. A primeira é uma que fica dentro de uma gruta, que é a mais famosa. Você faz uma trilha não tão difícil, chega na gruta e desce uma escada. Ela é bem bonita e gelada. A gruta é meio estreita, você se suja bastante e eu machuquei o joelho, mas o acesso é ok. A segunda que fomos é a cachoeira do Pelado. O trajeto é de 320m e está escrito que a trilha é normal, mas achei meio difícil. E quando chega na cachoeira, as pedras são escorregadias então é bem difícil de sair depois. Mas se eu consegui, acredite, você também consegue 😉

Ah, este post está ficando gigante, mas preciso falar das comidas, afinal, um dos nossos objetivos era comer! O café da manhã da pousada em que ficamos era bom, sempre tinha um bolo, pão de queijo, frios, goiabada, doce de leite de corte, manteiga, bolacha, frutas, suco, café e leite. Além disso, faziam ovos mexidos. No segundo dia, pedimos ovos fritos com gema mole para todos e nos outros a moça sempre fazia quando a primeira pessoa descia para o café. Aliás, ovo frito com gema mole foi constante nas nossas refeições, acho que nunca comi tanto ovo em tão pouco tempo na vida, contando a época da faculdade… hehe…

A Ana fez uma lista de restaurantes e nosso ranking ficou assim:

  1. Casa Glaura: merece um post exclusivo.
  2. Sinhá Olímpia: fica em Mariana, foi indicação do garçom da Casa Glaura. Pedimos um tutu e uma porção de mandioca frita e deu pra nós cinco. Comida bem gostosa, feita na hora.
  3. Conto de Réis: paga R$ 50,00 por pessoa, come a vontade, incluindo sobremesa e cachaça cortesia. Tem uma boa variedade de comida. O pastel de angu é muito bom! E experimente o doce de jabuticaba.
  4. Tiradentes: surpreendeu, mas pelo custo x benefício, merece o quarto lugar. Custa R$15,00 por pessoa e come até explodir. O frango com ora pro nobis é muito bom!
  5. Bene das Flautas: tem um ambiente aconchegante e não serve comida mineira no jantar. Mas a comida é boa, eu pedi o Frango Wellington, mas era seco, então escolha outro prato quando for. O peixe, a língua e a rabada estavam bons e dá pra dividir.
  6. Ouvidor: foi o primeiro em que fomos. Pedimos dois pratos para nós cinco. O frango com quiabo não tinha muito caldo. A comida era boa, mas não tão temperada.
  7. Lua Cheia: fica em Mariana. É comida por quilo, sem tantos pratos mineiros. O bolinho mineiro é gostoso.

Menção honrosa para o Villa Koa, que virou nosso café. Ele só existe há dois meses. O custo x benefício é excelente. O café é bom, as porções são generosas e o ambiente é acolhedor. Peça o queijo da canastra com geleia do dia, pão de queijo assado na hora e o chocolate da casa (misture o ristretto nele para ficar mais chocolatudo).

Ufa, chega! Enfim, Ouro Preto é legal e se você for para lá, não deixe de conhecer a Casa Glaura e o Villa Koa.

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2 comentários em “Ah, Ouro Preto…

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  1. Tati! É pastel de angu, não bolinho. Hahahaha

    Delícia de viagem!!!!! Muito, muito, muito bom!

    Eu escorreguei e cai na trilha, mas tô superando as sequelas. Haha

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